sábado, 8 de agosto de 2009

Censo do IBGE


A situação das religiões no Brasil
Sobre a religiosidade da população brasileira, os dados revelaram que o catolicismo manteve a maior penetração nos estados do Nordeste e que as maiores concentrações de evangélicos estão no Norte do País. Quanto ao nível educacional, os espíritas apresentam a maior média de anos de estudo e, quanto à cor ou raça, as religiões com maior proporção de pessoas brancas são: judaica, evangélica luterana e islâmica.

No Rio Grande do Sul, 100% da população dos municípios de Nova Alvorada, Nova Roma do Sul, União da Serra e Vespasiano Correa se declararam católicos. Ainda no mesmo estado, foi encontrada no município de Rio Grande (6,8%) a maior proporção de pessoas que se declararam da umbanda e do candomblé, e no município de Quinze de Novembro (80,4%) a de evangélicos de missão. A maior proporção de espíritas foi encontrada no município de Palmelo (42,1%), em Goiás , e a dos sem religião ficou com Nova Ibiá (59,8%), na Bahia.

O nível educacional da população religiosa revela que os espíritas apresentaram a maior média de anos de estudo: 9,6 anos de estudo. A média para pessoas que se declararam da umbanda e do candomblé foi de 7,2 anos de estudo, dos evangélicos de missão 6,9%, dos católicos apostólicos romanos 5,8 anos de estudo, os sem religião 5,6 anos de estudo, e dos evangélicos pentecostais 5,3 anos de estudo.


Segundo a publicação, entre as religiões mais numerosas, os espíritas apresentaram os melhores indicadores, tanto de escolaridade (98,1% são pessoas de 15 anos ou mais de idade alfabetizadas), como de rendimento: 8,4% deles ganhavam mais de 20 salários mínimos, enquanto para o total da população, apenas 2,7% tinham esse rendimento. Entre aqueles que ganhavam até 1 salário mínimo, os espíritas tinham a menor proporção (7,9%) e os católicos apostólicos romanos e os evangélicos, as maiores (26,3% e 23,5%, respectivamente).

Também eram os espíritas que tinham a maior proporção de pessoas de 10 anos ou mais de idade ganhando de 5 a 10 salários mínimos (25%). Já os evangélicos pentecostais tinham a maior proporção - em torno de 30% - de pessoas com rendimento de 1 a 2 salários mínimos.

Em se tratando do rendimento mediano mensal, os espíritas ganhavam quase três vezes mais do que os evangélicos pentecostais (R$700,00 contra R$260,00). Os católicos e os sem religião tinham o mesmo rendimento: R$300,00.

Religião

Os resultados do Censo 2000 também permitiram identificar a grande diversidade religiosa brasileira. Nosso país continua com a maioria da população declarando-se católica apostólica romana, entretanto, com um ritmo de crescimento pequeno. A segunda maior proporção de pessoas religiosas corresponde aos evangélicos. Confira a tabela abaixo:

Distribuição percentual da população residente, por religião - Brasil - 1991/2000

Religiões .............................................. 1991 (%) ........... 2000 (%)
Católica Apostólica Romana .................... 83,0 .................... 73,6
Evangélicas .............................................. 9,0 ..................... 15,4
Espíritas................................................. 1,1 ....................... 1,3
Umbanda e Candomblé ........................... 0,4 ....................... 0,3
Outras religiosidades ............................... 1,4 ....................... 1,8
Sem religião ............................................ 4,7 ....................... 7,4
Fonte: IBGE, Censos Demográficos 1991/2000.

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