A Federação Espírita Brasileira (FEB) apresentou esta semana [19/05/2009] o projeto "Centenário de Chico Xavier", homenagem ao médium brasileiro conhecido mundialmente. O aniversário de 100 anos de Xavier, comemorado em abril de 2010, será celebrado com o lançamento de filmes, eventos regionais e um congresso aberto aos seguidores de todo o país. As homenagens incluem a produção de um documentário com depoimentos e dois filmes baseados em textos psicografados por Chico.
“A mediunidade dele foi natural”, comentou o diretor da FEB, César Perri. “Ele via e conversava com espíritos desde criança. Era uma pessoa muito simples, de coração aberto.” O espiritismo nasceu há 152 anos na França, com Alan Kardec, e hoje está presente em vários países. No censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2000, 55.132 moradores do Distrito Federal se declararam espíritas. A FEB calcula que haja cerca de 30 milhões de simpatizantes da religião em todo o país - levando-se em conta os números da venda de livros e pesquisas de opinião. O DF conta com 130 centros ligados à FEB, onde ocorrem palestras e distribuição de passes (transmissão de energia dos médiuns aos visitantes). Os centros, não raro, recebem pessoas de todas as religiões.
Chico Xavier viveu a maior parte da vida em Uberaba-MG e, nas últimas décadas de vida, longas filas se formavam com gente de todas as religiões à espera de uma consulta com o médium. “As pessoas iam em busca de consolo. Muitas iam em total desespero porque perderam alguém”, disse. Xavier, desde os 17 anos, psicografava mensagens de pessoas desencarnadas. Os textos escritos por ele na adolescência não eram compatíveis com a formação simples do rapaz, por isso chamaram a atenção.
Na década de 20, Chico Xavier escreveu uma série de textos em prosa e poema, posteriormente publicados em revistas. O trabalho chamou a atenção de seguidores do espiritismo, que incentivaram o médium a publicar seu primeiro livro: "Parnaso de além-túmulo". Entre a série de psicografias presenciadas por César Perri, presidente da FEB, estava a de um jovem que pedia para a mãe parar de chorar com tanta frequência pela morte dele. “Ele disse que era como se ela estivesse empinando um papagaio: a cada vez que chorava, puxava um pouco a linha”.
Fonte: Blog Partida e Chegada
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