domingo, 5 de julho de 2009

Seja caridoso

Vivemos numa época confusa e estranha. A vida nas grandes cidades nos empurra para uma vida individualista e agitada. Parece que muitos valores nos quais se acreditava antes, perderam o seu “valor” nos dias de hoje. O orgulho das descobertas científicas faz as pessoas ficarem cada vez mais distantes umas das outras. Chegamos à lua, mas não conseguimos erradicar a fome de nosso planeta. Descobrimos os segredos do DNA, mas não conseguimos praticar um gesto de amor que faça diferença na vida de um semelhante. Procuramos “ter” e deixamos de lado o “ser”. Enquanto isso, a vida vai passando. E, o que passou, não volta mais.

Mas será que um “verdadeiro valor” pode perder seu valor? Será que o amor praticado em favor dos outros não tem mais o mesmo valor que tinha antes? Será que a sociedade seca e fria na qual vivemos é a sociedade que Deus planejou para nós? É claro que não. Os verdadeiros valores não perderam o seu valor. Assim como na natureza existem leis da física que regem o comportamento da matéria e isso é imutável, na vida espiritual também existem leis e princípios que são imutáveis, aconteça o que acontecer.

Um desses princípios imutáveis da vida espiritual é a caridade. Este princípio pode ser comparado a uma lei da natureza. A lei da gravidade, por exemplo. Por mais que a humanidade evolua, a gravidade, ou seja, a atração que o centro da terra exerce sobre tudo o que está em sua superfície, não vai acabar. Assim também, os atos de caridade nunca vão deixar de ser importantes. Porém, para vivermos melhor esta realidade, precisamos compreender o que é “caridade”. Ao longo do tempo essa palavra foi se esvaziando e acabou por se tornar sinônimo de “dar esmolas”. Mas “caridade” é muito mais do que isso. A palavra vem do latim caritas que, por sua vez, vem do grego ágape. Ágape, com efeito, significa “amor de Deus”. É o amor perfeito. Não é somente dar esmolas, é doar-se, é fazer com amor sabendo que este amor é que vai construir pessoas. É por isso que a caridade, ou seja, o amor perfeito cobre uma “montanha” de nossas falhas e, nós como humanos, um dia no futuro, vamos ter que prestar contas diante de nossas consciências sobre nossa vida e nossos atos. E, nesse momento crucial de nossa vida, a única defesa que poderemos ter frente à “montanha” de nossas falhas, vai ser a caridade que tivermos praticado nessa vida. Essas coisas não passam. São verdades eternas que não vão mudar.



Fonte: Blog Guerreiro da Luz

Nenhum comentário:

Postar um comentário